Day 3 – Curitiba

Gente, penúltimo dia de Curitiba foi para conhecer a Curitiba mais antiga. Começamos pela Praça Tiradentes, marco zero da cidade e que abriga a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. A igreja é no estilo gótico e é linda por dentro.

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Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

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Altar da Catedral

Logo após seguimos a pé para o Paço da Liberdade, que foi recente restaurado e já foi sede do governo municipal. Hoje abriga um centro cultural, onde há exposições itinerantes. Um fato interessante é que o Paço é o único patrimônio de Curitiba que é tombado nas três esferas: nacional, estadual e municipal. Infelizmente, a exposição que pegamos era muito ruim e achei um pouco perigoso o local.

Paço da Liberdade

Bem pertinho, há o famoso prédio do UFPR. Em frente são realizadas manifestações e pronunciamentos importantes, além do prédio ser belíssimo. Atualmente, somente psicologia e direito são os cursos lá ministrados e os demais no Campus mais afastado do centro.

UFPR

Ainda a pé, fomos até o chamado Setor Histórico que abriga ruínas da Igreja de São Francisco de Paula, o Relógio das Flores, a Fonte da Memória, a Fundação Cultural de Curitiba e a Igreja do Rosário.

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Setor Histórico

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Igreja do Rosário

Pegamos o ônibus turístico novamente, pois tínhamos mais uma parada e paramos no Shopping Estação. Dentro do shopping há um micro (micro mesmo gente!) museu ferroviário, que foi bem decepcionante… Entretanto, o nosso almoço não foi! Conhecíamos o Madero de Joinville (obrigada amigos…) e sabíamos que não haveria erro! Melhor refeição da viagem, hands down! Vocês TEM que ir. D-E-L-I-C-I-O-S-O!

Depois do almoço maravilhoso fomos a um passeio característico dessa família: visitar um estádio de futebol… Já disse nos posts de Buenos Aires que sou louca por futebol, acompanho tudo e minha maior paixão é o galo mais lindo do mundo. Devido essa paixão resolvemos visitar a Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense. O Tour guiado começa às 15:30 horas e custa 14 reais (estudantes e idosos pagam meia!). O Estádio foi modificado para a Copa do Mundo de 2014 (saudades!) e ainda se encontra em construção. O Tour é longo, mas é explicado com todos os detalhes e os guias são muito prestativos atendendo às dúvidas de todos. Se você gosta de futebol, você tem que ir! IMG_8264

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Homens da minha vida (#muitoamorenvolvido !)

Penúltimo post de Curitiba… O que acharam?

Tamanho não é documento!

Em Minas Gerais existe um lugar pouco conhecido pelos próprios mineiros e que eu tenho memórias incríveis. Esse lugar tem nome e endereço! O Museu das Reduções está disposto em Amarantina, distrito de Ouro Preto e é um passeio que todos brasileiros (principalmente, nós os mineiros!) devemos fazer.

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Museu das Reduções

O Museu, como as obras que lá estão expostas, não é grande, entretanto abriga miniaturas de locais de grande importância na história de 15 Estados Brasileiros e com uma riqueza de detalhes impressionante! Uma obra da iniciativa privada, sem fins lucrativos, idealizada, projetada e executada pelos irmãos Vilhena, que fizeram de um hobby, um lindo espaço de cultura.

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Interior do Museu das Reduções

Vocês devem estar pensando, qual a diferença entre maquetes e reduções? O próprio site do museu responde que, “além de usar os mesmos materiais e o estilo dos originais, as reduções se diferenciam das maquetes pelo detalhamento na construção, com destaque nas minúcias que enriquecem as fachadas e dão um toque todo especial ao acabamento.”

Museu Reduções

Igreja da Pampulha

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Interior da Igreja da Pampulha

A primeira escultura é datada de 1978, réplica da Igreja das Dores, de Campanha, terra-natal dos quatro irmãos. A última, de 2001, foi a Igreja de São Francisco de Ouro Preto, que ficou inacabada, mas serve para demonstrar como era feito o trabalho dos irmãos. Infelizmente, hoje o local só recebe 500 visitantes ao mês, enquanto anos atrás já recebeu mais de 2,4 mil no mesmo período.

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Palácio da Alvorada

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Farol da Barra

Sabe aquele lugar que te transporta para vários outros? Esse faz isso e com riqueza de detalhes! Ideal para um passeio de sábado! Ah! As crianças também irão amar, porque fui quando criança e nunca esqueci! Recomendo! Vamos valorizar o que temos certo? Se interessaram? Já foram? Me contem!

TOP5: lugares onde eu sonho em ir

Cada um de nós sonha em ir em algum canto do mundo né? Comigo não é diferente. Conforme as características de cada um, você pode imaginar onde… Alguns gostam de praia, outros de cidade. Tem gente que busca sossego, outros agitação. Uns viajam para botar as pernas para o alto, outros para bater perna. Eu, como boa apreciadora de arte, super urbana e que se considera uma pessoa do dia, tenho alguns lugares nesse mundão de Deus que (com sorte e esforço), quero ainda conhecer. Claro, que não são só esses, mas todo mundo tem aqueles mais desejados… Vocês já pararam para pensar no TOP5 de vocês? É mais difícil que vocês imaginam! Se vocês souberem, me contem viu? Iria adorar saber! Se vocês já foram em algum lugar dos meus, me avise se gostou ou se decepcionou…

5- Tailândia – esse país do Sudeste da Ásia é lindo. Vi fotos maravilhosas de Phuket, um lugar mágico, cheio de praias paradisíacas e hotéis maravilhosos. Além disso, na capital Bangcoc encontram-se lindos templos , com o Wat Arun,  e o Grande Palácio. Não sei vocês, mas quando penso no Sudeste Asiático, com a Tailândia, a Indonésia, o Nepal eu penso em cores, muitas coresIMG_2897

4- Fernando de Noronha – um paraíso aqui no nosso país… Qualquer um que segue os famosos da Globo (plim, plim) no Instagram, sabe que lá é um dos destinos favoritos deles. Eu, particularmente, fico babando nas fotos que eles postam… O lugar é reservado para poucos visitantes por vez para que não haja degradação da natureza, por isso, é um paraíso da natureza quase intacto. Lá você nadará em praias azuis, fará mergulho e poderá curtir a natureza que a ilha dispõe. Infelizmente, o preço é salgado, mas com um pouco de disciplina e sorte de uma promoção, o sonho se tornará possível.

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3- Copenhagen – A capital da Dinamarca é linda, porque ela consegue mesclar o moderno e o antigo de uma maneira muito harmoniosa. O país é uma monarquia parlamentarista (o monarca é o chefe de Estado, mas não é o chefe de governo), por isso, existem prédios históricos da família real como o Castelo de Rosenborg, o Castelo de Kronborg e o Palácio de Amalienborg, casa da Rainha Margaret II. Além disso, o país é muito conhecido pelo design, o que proporciona muitos toques modernos, como o hotel Bella Sky.

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2- Israel – É a terra sagrada, preciso dizer mais? O país é especial para várias crenças, islâmica, judaica e cristã. Eu, como católica, gostaria muito de visitar onde Jesus passou, além de visitar os pontos importantes das demais religiões, como o Muro das Lamentações e a Mesquita de Al Aqsa. Tel Aviv, é mais moderna que Jerusalém, mas igualmente linda. Nadar no Mar Morto também seria muito especial. Acho que o país é um pacote completo.

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1- Itália – Quem me conhece sabe que tenho um fraco quando o assunto é a Itália. Não sei se é a língua, a comida, a arte espalhada em cada canto ou a história, ou se é a combinação disso tudo. Eu já conheço duas cidades italianas, Milão e Verona, e depois de conhecê-las eu tenho certeza que quero conhecer o resto. Imagino me perder nas ruelas de Roma, passear de gondola em Veneza, me maravilhar com a catedral de Florença, assistir a benção do Papa (tomara que seja o Papa Francisco, querido!) no Vaticano e desvendar a Toscana e a me deliciar nas praias de mar azul italianas.image4

Eram essas que vocês tinham imaginado? Ficaram surpresos? Me contem! 

Portinari aos olhos de Ronaldo Fraga

No último dia 26, a Casa Fiat de Cultura passou a abrigar mais uma exposição, além da “Barroco Itália Brasil”, (que já falei aqui no blog!), chamada “Recosturando Portinari“. Fui com um amigo meu que também ama esse tipo de passeio, Hermano, e as fotos maravilhosas que vocês verão aqui são dele (tem algumas minhas, mas ele é o especialista!). Como já tinha ido naquela exposição do Ronaldo Fraga, baseada nos grandes escritores, como Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa (hoje ela está no CRModa, que também já falei no blog!), achei que já sabia o que esperar, mas ele me surpreendeu positivamente.

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A mostra é baseada no quadro de Portinari, “Civilização Mineira” que fica exposto de forma permanente no 1º andar do CFC, juntamente com a coleção “O Caderno Secreto de Cândido Portinari” feita por Ronaldo Fraga para o SPFW deste ano, baseada na obra do pintor. Além do quadro, cinco salas no 4º andar, compõem a mostra, que traz o lúdico do quadro para vida real.

Na sala de entrada, você é recebido pelos inconfidentes retirados do quadro, além dos pássaros nos fios que também “ganharam vida”. Na seqüência, a direita, você terá duas salas que contam a cronologia de vida do pintor, com quatro espantalhos feitos de sucata e com tablets nas “barrigas”, remetendo os espantalhos recorrentes na obra do artista. Além disso,  há imagens dos quadros mais importantes feitos por ele, tudo muito colorido e em formatos diferentes.

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Logo ao lado, há uma micro sala que apresenta um vídeo, de no máximo 3 minutos, mostrando o processo de restauração do quadro “Civilização Mineira“. O vídeo mostra o passos feitos pelos profissionais para que o quadro continuasse a nos encantar. Você irá se surpreender com o trabalho minucioso, cuidadoso que teve que ser feito pelo restauradores, pois o quadro estava cheio de cupins e com traços esbranquiçados em algumas partes. Datado de 1959, o quadro é o maior de Portinari exposto em Minas Gerais, composto por 12 chapas de madeira e tem como tema a mudança da capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte.

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No lado esquerdo, estão expostas algumas roupas criadas por Ronaldo (algumas inéditas!), que apresentam elementos característicos dos quadros de Portinari, como os balões de São João, as pipas e os azulejos, além de cores, formas e padrões usados pelo artista. Tudo foi muito pensando, pois às roupas estão expostas sobre um chão de café (o cheiro é delicioso), fazendo referência a série de quadros que contam a vida do homem do campo, a vida no interior feitos por Portinari. No teto, estão dispostas luminárias, uma nova versão dos balões de festa junina, feitos com arame e filtro de café,(foi a parte que mais amei ♥ e as fotos ficaram lindas!) tudo muito rústico, criativo, artesanal e bem colorido. 

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Ronaldo Fraga em uma entrevista disse que o mais importante dessa exposição “é a oportunidade de apresentar a obra de Portinari para uma outra geração“, e por isso, ele queria que a mostra interessasse “a qualquer pessoa, com qualquer formação cultural e classe econômica“. Acho que ele conseguiu atingir o objetivo dele, pois ficou fácil, simples, sem perder o encantamento e a doçura. Acredito, que Portinari é um dos artistas brasileiros que nós, belo-horizontinos, temos um carinho especial, pois foi ele que pintou a nossa Igrejinha da Pampulha, que é um dos nossos cartões postais mais visitados e admirados. Por isso, mineiros, brasileiros, não deixem de ir, vocês irão se encantar e ter uma experiência maravilhosa. 

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A exposição ficará na CFC até 26/10, a entrada é gratuita (como a maioria dos locais que posto no blog e do Circuito Cultural).A visitação ocorre: 3ª a 6ª das 10h às 21h | sábados, domingos e feriados das 10h às 18h.

Alguém já foi? Quem nunca tinha ouvido falar, mas gostou da idéia? COMENTEM PESSOAL ✎✎

Casa Fiat de Cultura 

Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG.

Telefone: (31) 3289-8900

www.casafiatdecultura.com.br

casafiat@casafiat.com.br

facebook.com.br/casafiatdecultura

Instagram:@casafiatdecultura

 

Uma arte que está começando a virar tradicional no Brasil

O gênero musical, tanto em teatro em filme, é um gênero complicado, ou você ama ou você odeia. Eu, particularmente, amo. Em Belo Horizonte, em termos de teatro, pouco se vê deste gênero, entretanto nos últimos anos, o Brasil veem criando mais musicais baseados em artistas nacionais, como Tim Maia, Elis Regina, Rita Lee, Cazuza o que promove cada vez mais o gênero no país. Atualmente, em BH está acontecendo o musical da Cássia Eller, mas quando fui comprar já estava esgotado, infelizmente.

Como o nome do blog já diz, acredito que você pode vivenciar um mundo novo em qualquer lugar, inclusive vendo um filme, assistindo a uma peça de teatro ou lendo um livro. Muitas pessoas não tem intimidade com o gênero musical, por isso, vou mostrar para vocês os meus favoritos. A maioria deles são criações originais da Broadway, mas você não precisa ir para Nova York para assisti-los (se for, melhor ainda!). No meu caso, tive contato, ou através das produções hollywoodianas ou através de produções nacionais, em São Paulo, que, sinceramente não deixam nada a desejar em termos de qualidade, de musicalidade e de interpretação.

1- O meu favorito de todos os tempos é O Rei Leão. Baseado no filme da Disney de mesmo nome, o musical é super tradicional na Broadway, completando 10 anos de estréia agora em 2014. A produção original já ganhou vários Tony Awards (prêmio de teatro, equivalente ao Oscar no cinema!) e tem varias adaptações ao redor do mundo, inclusive, no Brasil. A tradução brasileira tem músicas originais, feitas por Gilberto Gil, fantasias incríveis e coreografias de tirar o fôlego. A peça ainda está em cartaz em SP, no Teatro Renault e os ingressos são vendidos online. Por isso, quem for visitar a cidade não deixe de ir!

2- O musical Evita é muito conhecido no mundo todo pelo seu filme que tem como estrela principal, Madonna. A produção conta a vida de Evita Peron, desde a ida para Buenos Aires para se tornar cantora até sua sofrida morte, passando pelo romance e casamento com Peron e eleições argentinas. A versão brasileira, que já terminou, estava localizada em SP e foi incrível (bem melhor que Madonna…). Peron era interpretado por Daniel Boaventura (que canta divinamente!), as músicas são excelentes e a história real é tão dramática que é ideal para um musical. Iria de novo, se tivesse oportunidade, com certeza!

3- Meu terceiro lugar tem que ser Dreamgirls – Em Busca de um Sonho. Infelizmente aqui, não tive a oportunidade de ver no teatro, mas eu quero muito. O filme conta a história de um grupo de três cantoras, que depois de muito tentar consegue o sucesso, mas isso não significa muitos conflitos! O filme é estrelado por Beyonce e Jennifer Hudson (que ganhou um Oscar pelo papel!), e se você conhece essas duas, sabe que as músicas são incríveis! Como o filme se passa na década de 60, o figurino é super glamuroso e os cabelos são grandes e bufantes! Além de Queen B e JH, o filme conta com Eddie Murphy e Jamie Foxx.

4- Toda mulher tem sua princesa Disney preferida, e eu não sou diferente. Como a minha preferida é a Bela, nada mais justo do que na minha seleção, tenha o musical da A Bela e a Fera. A história é a clássica da Disney e as musicas são incríveis! Também assisti a peça em São Paulo, mas ela existe em versão compacta no Magic Kingdom, em Orlando.

5- Rock of Ages é um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Na Broadway atualmente tem sua versão em teatro, mas não assisti (ainda!). O filme conta a história de dois cantores de rock que tentam o estrelado em LA. O elenco é de peso, contando com Julianne Hough, Diego Boneta, Tom Cruise, Russell Brand, Catherine Zeta-Jones, Alec Baldwin e Mary J. Blige. Para quem gosta de rock e quer ver uma versão diferente de musicas épicas de Bon Jovi, Scorpions, Journey, Guns’N’Roses, entre outros, esse é O musical. Quem não curte muito esse estilo, vai gostar também, pois o filme é super engraçado e muito bem dirigido.

6- Tive que fazer um top 6, porque o musical do Tim Maia não podia faltar. Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais desenvolve a arte do teatro musical, perdendo somente para os Estados Unidos e para o Reino Unido, por isso cada vez mais se escuta produções nacionais nessa área. Assisti o Tim Maia em BH e sinceramente não deixa a desejar nada das produções americanas ou inglesas. O musical contava de maneira engraçada a vida de Tim Maia, uma grande voz nacional. Em BH, o Tiago Abravanel, não se apresentou por conflito de agenda com a Globo (plim plim! Hahaha), mas o seu substituto era tão bom quanto. O melhor dos musicais de artistas nacionais famosos é que você conhece a maioria das músicas, o que faz a platéia cantar junto! Por isso, quem tiver a oportunidade de ver algum musical nacional não deixe de ir, pois será uma noite agradável e super animada!

Que dificuldade de escolher os meus favoritos! São tantos!!!! Ainda indicaria: Elis: A Musical, Grease, Hairspray, Moulin Rouge, Mary Poppins, Magico de Oz, Noviça Rebelde, O Fantasma da Opera, Mamma Mia, Cats, Les Miserables, Cabaret (na sua versão nacional, teve Claudia Raia divando!), West Side Story, Chicago, Funny Girl, Rent, Jesus Cristo Super Star, Fame, Burlesque, Nine, Footloose e o mais atual de todos que eu amo também (e vai ter a sequência) A Escolha Perfeita.

Vocês já assistiram? Gostaram do meu TOP6? Alguém me sugere outro ou mudaria algum de lugar? Alguém conseguiu ir no da Cássia Eller? ME CONTEM!

Centro de Arte Popular Cemig – exposições permanentes e itinerantes

No Facebook, eu sigo a página do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, por isso, fico por dentro de novas exposições nos 12 espaços que compõem o Circuito. Quando li que tinha uma exposição que envolvia roupas, chamada “Estampoemas” pensei: “outro lugar para eu ir com a Ana“, e ela como sempre (#parceira!) adorou a idéia.

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A exposição está estabelecida no Centro de Arte Popular – Cemig, que existe a mais de dois anos e eu ainda não conhecia, por isso, foi um prazer em dose dupla. O prédio do antigo Hospital São Tarcísio, de 1928, foi todo reformado como os demais do Circuito, além de ter um elevador para que os deficientes tenham acesso ao centro. Logo na fachada, o prédio já conta com três esculturas do lado de fora, dois cavalos e um boi.

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O CAP conta com 6 salas de exposições, sendo 4 delas permanentes. Nas salas permanentes são privilegiadas obras de artistas mineiros, de várias regiões do Estado, que usam como matéria-prima, principalmente, a argila e a madeira, além de pinturas rupestres encontradas nas muitas grutas do Estado. Os mais de 800 objetos estão divididos nas categorias: arte e fé, tradição mineira, arte rupestre e sala dos grandes mestres. Como a maioria dos museus que fazem parte do Circuito, a tecnologia está presente nas apresentações audio-visuais espalhadas pelo prédio. O objetivo do CAP é mostrar a diversidade e riqueza das manifestações culturais populares e isso é atingido com perfeição, pois podemos ver com clareza a herança cultural do nosso Estados através das peças, que simbolizam nossas crenças, lendas, mitos, religiões e folclore.

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Atualmente, as duas salas reservadas para exposições itinerantes estão ocupadas. Uma das exposições chama-se “Exposição Brasil Indígena – Herança e Arte“, que reflete o modo de vida dos indígenas espalhados pelo Brasil. Ela pode ser divida em duas partes. A primeira parte mostra os utensílios utilizados pelos índios para a subsistência, ou seja, para a caça, a pesca, atividade agrícola ou uso doméstico. O segundo grupo de peças são objetos de uso pessoal ou de rituais espirituais, destacando os adornos plumários.

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A outra amostra é a “Estampoemas”, justamente a que eu chamei a Ana para ir. Essa exposição da artista Elisa Grossi conta a história de Chica da Silva de uma maneira totalmente nova, através da moda e do design. A história é contada nas roupas expostas, através de textos bordados, desenhos e impressos, além de quadros que retratam Chica ou onde ela viveu. As roupas são incríveis, super detalhadas e realmente remetem aquelas usadas no século XVIII em Minas Gerais.

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Uma grande e feliz surpresa foram as paredes interiores do prédio. Desde que eu fui em Wynwood (já falei sobre lá aqui no blog!) eu curto muito um grafitti bem feito. Nas paredes interiores tem grafittis incríveis e eu não esperava isso no CAP, porque ele pode ser considerado um museu mais tradicional.

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As exposições itinerantes estarão no CAP até o dia 30/08, portanto quem quiser vê-las tem que correr. Acredito que valha muito a pena ir e gastar uma horinha do seu dia, além de ser um programa grátis.

CENTRO DE ARTE POPULAR – CEMIG

Rua Gonçalves Dias, 1680 – Lourdes

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Horários:

Terça, quarta e sexta: 10 hrs às 19 hrs
Quinta: 12 hrs às 21 hrs
Sábado e domingo: 12 hrs às 19 hrs

ENTRADA GRATUITA

Barroco: o estilo que nós, mineiros, conhecemos muito bem

Quando estamos na escola sempre acontece aquela excursão para Ouro Preto e Mariana para visitarmos os museus e as igrejas de lá. Por isso, nós, mineiros, conhecemos muito bem, um estilo de arte, o Barroco. O artesão mais famoso de todos os tempos, chama-se Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. Para quem não sabe, Barroco, é um estilo artístico, do século XVII, que retrata seus temas com dinamismo, contrastes fortes, dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual.

Depois da pequena explicação (obrigada Wikipédia!), você está se perguntando aonde eu quero chegar com isso, certo? Em BH está acontecendo uma exposição sobre o Barroco e por ser fã desse tipo de arte e do Aleijadinho eu sabia que tinha que ir. A exposição se chama: Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro e fica na recém inaugurada Casa Fiat de Cultura, localizada no antigo Palácio do Despachos, que faz parte do Circuito Cultural da Praça da Liberdade (falarei muito disso!). A CFC ficava no bairro Belvedere, junto a escola Fundação Torino e ela sempre trouxe grandes exposições para BH, então sabia que não tinha como ser ruim. Dentro do espaço, no Térreo, tem um café da Frau Bondan, marca de chocolates e guloseimas que tem lojas em Lourdes e no shopping Pátio Savassi, além de uma livraria.

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A exposição em si, fica no terceiro andar e não demanda muito tempo, pois são apenas 40 obras. Você deixa sua bolsa no guarda volumes e não se pode tirar fotos no local, então as fotos que vocês estão vendo aqui são da internet ok? A exposição retrata dois barrocos, um brasileiro e um italiano, divididos em dois ambientes, sendo que eu comecei pelo lado brasileiro. Primeira observação, a maioria das obras realmente eram do Aleijadinho, mas tinham outros artistas menos conhecidos, mas não menos encantadores como Mestre Valentim e Mestre Piranga, além de artistas mais atuais (e vivos!) como Maurino de Araújo . Todas as peças são ricas em detalhes, as expressões das esculturas todas impressionantes e a maioria tinha algum detalhe em ouro. Tudo lindo, mas nada que eu não tivesse visto nas cidades históricas.

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Passando para o lado italiano, eu fiquei impressionada. O barroco italiano é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Todas as esculturas, bustos etc, são feitas de prata e algumas tem detalhes em pedras precisosas. Os detalhes dos rostos, das vestes, os desenhos feitos sob a prata, deixa tudo mais rico e lindo. Muita gente não sabe, mas o Barroco nasceu na Itália, no século XVII, e, só depois, se difundiu para o restante do mundo, inclusive o Brasil. Entretanto, para ser bem sincera com vocês, eu não conhecia esculturas famosas deste estilo, muito menos em prata. Um fato interessante é que todas as peças foram feitas por ourives famosos na época, então elas são realmente muito bem feitas e bem elaboradas.

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No fim das contas, são duas versões de um só movimento artístico. O paralelo, da arte sacra brasileira com a italiana, mostra que os materiais são diferentes, os lugares diferentes, as épocas diferentes, mas a idéia é a mesma, o conceito é o mesmo. Isso, meus queridos, a escola não ensina.

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A exposição terminará dia 07 de Setembro, então aproveitem a oportunidade para verem várias peças que ficam espalhadas pelo mundo, (Ouro Preto, Rio, Napoli, etc) juntas! Fica aqui o convite para um programa diferente para o fim de semana. Quem sabe antes de ir almoçar ou sair para um cinema? Alguém já foi? Gostou, odiou…não importa, quero saber tudo!

HORÁRIO

3ª a 6ª das 10h às 21h | sábados, domingos e feriados das 14h às 21h

PREÇO

O melhor de tudo é que é GRÁTIS!

LOCAL

Praça da Liberdade, 10 – Funcionários

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