Belo Horizonte para Crianças

Em comemoração a semana da criança, esse post falará de lugares em BH que as crianças irão amar, porque foram feitos para elas. BH está cheia de locais legais, que encantam não só os baixinhos (me senti a Xuxa agora!), mas fazem seus acompanhantes grandinhos, sejam os pais, os avós, tios, padrinhos, etc. voltarem a ser crianças!

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Museu dos Brinquedos 👾🎮🃏🎲🎯- No museu estão expostos mais de 800 brinquedos de diferentes países! Os pais irão amar, pois será como uma volta ao passado e poderão mostrar aos filhos com que eles brincavam ou qual era o sonho de consumo de sua época. O museu escolheu o tema de circo para o mês das crianças, por isso haverá palhaços, malabaristas e mais, fazendo oficinas e brincadeiras com as crianças. Mais detalhes está no site e os preços são 20 inteira e 10 meia.

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Espaço do Conhecimento UFMG 🌎🌞🌚⭐️🌠- Lugar perfeito para os mini-cientistas! O “museu” abriga exposições sobre a origem do universo, sobre reciclagem e formação da Terra como conhecemos atualmente. Entretanto, a parte mais legal é um planetário super moderno que fica no último andar do prédio. Nele, um astrônomo, professor da UFMG, promove uma amostra contando sobre o universo de forma explicativa e divertida. Existem diversos tipos de projeções, mas uma, em especial, é dirigida para as crianças e é super fofa e fácil de entender chamada Abc das Estrelas. A entrada custa 6 reais (inteira) e 3 reais (meia). Para ver os horários do planetário e se programar, acesse o site do espaço.

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Fazenda Vale Verde 🌷🌹🌻🌿🌾🌳- Não muito longe de BH (Betim, para ser mais exata!), a Fazenda Vale Verde oferece aos pequenos uma experiência ao ar livre. A Fazenda é projetado para preservar a fauna e flora e proporcionar um passeio super agradável e tranquilo para a família. Muitas são as atrações de lazer como passeio de charrete, visitação ao viveiro, trilha ecológica, pedalinho e tirolesa. O grande destaque é o Zoológico Vale Verde que conta com muitos bichos e uma coleção de orquídeas que perfumam e colorem o parque. Para os adultos, são oferecidas visitas ao processo de produção sustentável da cachaça Vale Verde, que ainda conta com a história dessa bebida. A Vale Verde terá várias atrações para a semana da criança e para quem se interessar, os preços e as atrações estão no site deles.

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Zoológico – Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte/ Aquário No Mundo das Águas 🐘🐒🐻🐯🐠🐟- Pouca gente sabe, mas o zoo de BH é um dos maiores e mais conhecidos da América Latina! Nem parece né? Ele conta com mais de 250 espécies de animais, além de um borboletário, onde se é possível aprender sobre a vida das borboletas deste a fase da lagarta. Junto com o zoo, existe um aquário, com mais de 10 tanques de água doce e mais 22 marinhos, com cerca de 150 espécies. E qual criança não gosta do fundo do mar? A decoração é toda temática, com conchas, corais, navios antigos e há o aquário aberto, onde se é possível tocar nos pepinos-do-mar e ouriços. No mês das crianças, o zoológico terá oficinas, bate papos, exposições, jogos, observação de aves, astros e estrelas e visitas noturnas ao aquário. O tema da Semana da Criança desse ano é “Filhotes na Zoo-Botânica”, homenagem aos mais de 275 filhotes de 28 espécies que nasceram por lá entre 2013 e 2014. Os preços e os horários de funcionamento, estão disponíveis no site do zoo.

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Parque Guanabara 🎠🎡🎢 – Para quem conhece outro parques, como o Hopi Hari, Beto Carrero e principalmente a Disney, devem estar pensando o porque do Guanabara estar aqui. Entretanto, para as crianças, isso não importa onde é, se é barato ou caro, o que importa é se divertir. O parque oferece vários tipos de brinquedos, como roda gigante, carrinho de bate-bate e o tradicional carrossel. Não tem jeito da criança não se divertir! Os horários de funcionamentos e outras informações estão disponíveis no site.

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Além dessas, existem os parques como o Parque Mangabeiras e o Parque Ecológico da Pampulha, outros museus como o Museu Giramundo (nunca fui, mas estou louca para ir!!) ou os museus de história naturais da UFMG ou PUC Minas e para os que gostam de futebol, o Mineirão com seu Museu do Futebol (quem quer ir comigo nesse?). Eu tenho certeza que todos vocês, tenham crianças ao redor ou não, irão amar esses lugares, porque eles são interessantes, super estruturados e integram a diversão com o conhecimento, e falo isso não porque li, e sim, porque já vivi todos! Ah, os shoppings também estão promovendo atividades no mês da criança! O BH está com uma oficina de Lego e o Pátio Savassi com oficinas de livros. Para meus amigos com crianças na família, espero que eu ajude vocês a trazerem felicidades aos pequenos! A todos os meus leitores, quero saber o que vocês acharam! Conhecem os lugares? Gostam? Tem outros em mente? COMENTEM!

Um majestoso castelo no meio da Califórnia

O Hearst Castle, fica no topo de uma colina na cidade de San Simeon, na Califórnia, EUA. Ele tem esse nome, porque seu dono era William Hearst (1863-1951), um famoso magnata da mídia, que herdou da sua mãe o terreno onde construiu o seu palacete e viveu lá por 20 anos com sua amante Marion Davies, recebendo muitos convidados com todo luxo possível (#ostentação!). O Castelo é composto pela Casa Grande e pelas três casas de hóspedes, a Casa Del Mar, – a maior das três, com 19 cômodos – a Casa Del Sol, – tem 18 cômodos e tem esse nome por ter uma vista para o pôr do sol – e a menor delas a Casa Del Monte – com 10 cômodos e vista para as montanhas. Hearst morou na Casa Del Sol até que a casa principal ficasse pronta e depois de ver o resultado final disse : ” Se soubesse que ia ser tão grande, teria aumentado as pequenas”. Gente, qualquer uma das “pequenas” estavam ótimas para mim, esse homem era o “Rei do Camarote” na época dele!

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Para conhecer a mansão, existem vários tours com guias explicando cada detalhe. O “Tour One” foi o que eu fiz e é recomendado para quem visita a casa pela primeira vez, ele inclui o Térreo da Casa Grande, uma das casas de hóspedes, as duas piscinas e parte dos jardins. Os demais passeios exploram os outros andares da casa grande. No verão e na primavera há passeios à noite, com atores vestidos à moda dos anos 1930. O castelo abre todos os dias às nove horas e os ingressos custam 25 dólares para adultos,12 dólares para crianças de 5 a 12 anos e grátis para os menores de 5 anos. Pode parecer salgado o preço, mas garanto que vale cada centavo!

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A Casa Grande é cheia de obras de artes, tapeçarias e muitas salas diferentes. A Sala de Bilhar, o Refeitório, a Sala de Reuniões, o Cinema (sim, com 50 lugares!) e a Piscina Romana (interna, aquecida, dourada, linda e que era ponto de encontro românticos) são os pontos altos do térreo da casa principal. Nos demais andares, ficam os inúmeros quartos e banheiros.

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Além disso, o Sr. Hearst transformou a encosta árida, típica da Califórnia, em um Jardim do Éden. Os jardins são incríveis, com longas palmeiras, carvalhos de 200 anos e muito mais nos 510 mil metros quadrados de área verde (não, você não leu errado!). Existiam 5 estufas com flores coloridas no ano todos, 4.000 árvores frutíferas e acreditem se quiser, um pequeno zoológico particular, chamado Camp Hill, em que viviam leões, ursos, elefantes em jaulas (ainda existem algumas na propriedade) e outros animais soltos, como zebras e girafas. Quer mais ostentação? Prepare-se porque tem mais! Hearst era fã de atividades ao ar livre e por isso, mandou construir uma pista de corrida de cavalos coberta para que pudesse cavalgar até sob chuva e instalou quadras de tênis sobre a Piscina Romana Interna. O local mais “a cara da riqueza” de todos é a Piscina de Netuno, com 32 metros de extensão, toda de mármore branco e cercada de colunatas, colunas, reproduzindo um típico templo grego.

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Em forma de curiosidade para meus amigos e amigas (principalmente elas!), arquitetos e engenheiros, a arquiteta que desenhou e supervisionou essa obra gigante foi Julia Morgan. Ela foi uma das primeiras mulheres a se formar e engenharia na faculdade da Califórnia, em Berkeley e a primeira a receber o diploma de arquitetura de École Nationale e Spéciale des Beaux-Arts de Paris.

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O Hearst Castle foi um dos lugares mais surpreendentes que já visitei. Quem estiver indo para os EUA e tiver a oportunidade de ir a Cali não deixem de ir nesse incrível lugar! Espero que tenham gostado e se interessado! Alguém já foi? Alguém quer ir?

Portinari aos olhos de Ronaldo Fraga

No último dia 26, a Casa Fiat de Cultura passou a abrigar mais uma exposição, além da “Barroco Itália Brasil”, (que já falei aqui no blog!), chamada “Recosturando Portinari“. Fui com um amigo meu que também ama esse tipo de passeio, Hermano, e as fotos maravilhosas que vocês verão aqui são dele (tem algumas minhas, mas ele é o especialista!). Como já tinha ido naquela exposição do Ronaldo Fraga, baseada nos grandes escritores, como Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa (hoje ela está no CRModa, que também já falei no blog!), achei que já sabia o que esperar, mas ele me surpreendeu positivamente.

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A mostra é baseada no quadro de Portinari, “Civilização Mineira” que fica exposto de forma permanente no 1º andar do CFC, juntamente com a coleção “O Caderno Secreto de Cândido Portinari” feita por Ronaldo Fraga para o SPFW deste ano, baseada na obra do pintor. Além do quadro, cinco salas no 4º andar, compõem a mostra, que traz o lúdico do quadro para vida real.

Na sala de entrada, você é recebido pelos inconfidentes retirados do quadro, além dos pássaros nos fios que também “ganharam vida”. Na seqüência, a direita, você terá duas salas que contam a cronologia de vida do pintor, com quatro espantalhos feitos de sucata e com tablets nas “barrigas”, remetendo os espantalhos recorrentes na obra do artista. Além disso,  há imagens dos quadros mais importantes feitos por ele, tudo muito colorido e em formatos diferentes.

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Logo ao lado, há uma micro sala que apresenta um vídeo, de no máximo 3 minutos, mostrando o processo de restauração do quadro “Civilização Mineira“. O vídeo mostra o passos feitos pelos profissionais para que o quadro continuasse a nos encantar. Você irá se surpreender com o trabalho minucioso, cuidadoso que teve que ser feito pelo restauradores, pois o quadro estava cheio de cupins e com traços esbranquiçados em algumas partes. Datado de 1959, o quadro é o maior de Portinari exposto em Minas Gerais, composto por 12 chapas de madeira e tem como tema a mudança da capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte.

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No lado esquerdo, estão expostas algumas roupas criadas por Ronaldo (algumas inéditas!), que apresentam elementos característicos dos quadros de Portinari, como os balões de São João, as pipas e os azulejos, além de cores, formas e padrões usados pelo artista. Tudo foi muito pensando, pois às roupas estão expostas sobre um chão de café (o cheiro é delicioso), fazendo referência a série de quadros que contam a vida do homem do campo, a vida no interior feitos por Portinari. No teto, estão dispostas luminárias, uma nova versão dos balões de festa junina, feitos com arame e filtro de café,(foi a parte que mais amei ♥ e as fotos ficaram lindas!) tudo muito rústico, criativo, artesanal e bem colorido. 

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Ronaldo Fraga em uma entrevista disse que o mais importante dessa exposição “é a oportunidade de apresentar a obra de Portinari para uma outra geração“, e por isso, ele queria que a mostra interessasse “a qualquer pessoa, com qualquer formação cultural e classe econômica“. Acho que ele conseguiu atingir o objetivo dele, pois ficou fácil, simples, sem perder o encantamento e a doçura. Acredito, que Portinari é um dos artistas brasileiros que nós, belo-horizontinos, temos um carinho especial, pois foi ele que pintou a nossa Igrejinha da Pampulha, que é um dos nossos cartões postais mais visitados e admirados. Por isso, mineiros, brasileiros, não deixem de ir, vocês irão se encantar e ter uma experiência maravilhosa. 

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A exposição ficará na CFC até 26/10, a entrada é gratuita (como a maioria dos locais que posto no blog e do Circuito Cultural).A visitação ocorre: 3ª a 6ª das 10h às 21h | sábados, domingos e feriados das 10h às 18h.

Alguém já foi? Quem nunca tinha ouvido falar, mas gostou da idéia? COMENTEM PESSOAL ✎✎

Casa Fiat de Cultura 

Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG.

Telefone: (31) 3289-8900

www.casafiatdecultura.com.br

casafiat@casafiat.com.br

facebook.com.br/casafiatdecultura

Instagram:@casafiatdecultura

 

Um dos melhores espaços de exposições de BH: CCBB

No último domingo, eu, Tetê e Victor fomos ao CCBB para ver a nova exposição chamada “Visões na Coleção de Ludwig“. Fui sabendo muito pouco das obras (#confissão), mas grandes nomes me chamaram atenção como Pablo Picasso e Andy Warhol (que eu amo e inclusive vi uma exposição dele em Milão com o Victor).

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Peter Ludwig era um famoso empresário alemão (1925-1996) e é considerado um dos cicerones da arte em seu país natal. A coleção particular reunida por ele é considerada a mais importante da Europa e apresenta mais de 20 mil peças, espalhadas por 12 museus em diversos países, como Alemanha, Suíça, Hungria e Rússia, e no caso, às obras expostas no Brasil foram cedidas pelo Museu Estatal Russo de São Petersburgo. A mostra tem a predominância de obras do movimento pop, neoexpressionismo e fotorrealismo, o que a tornou bastante diferente de exposições de museus tradicionais e está distribuída em 8 salas no 3º andar do prédio, além de um quadro chamado “Cabeça de uma Criança” exposto no pátio.

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Gostei bastante de várias obras e me fez expandir meus horizontes para esse tipo de arte, mais atual e realista. Entretanto, o que mais nos impressionou foi a diversidade de peças, algumas até curiosas para se ter em uma coleção particular, mas gosto é gosto certo? Como visitamos durante a Virada Cultural o CCBB estava lotado, mas em dias sem eventos é super tranquilo de ir. Essa exposição rodou os CCBBs espalhados no Brasil e termina aqui em BH, ela é gratuita e estará por aqui até o dia 20/10.

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Outra exposição também está sendo exibida no Térreo. A “Paradise in Progress” de Daniel Hourdé conta com esculturas e algumas pinturas e desenhos quadros em que os artistas utiliza de vários materiais diferentes, como espelho. Li que o artista queria retratar “obsessões e fantasias impregnadas de misticismo judeu-cristão”, e por isso, os principais temas são a morte, o inferno e o pecado. Assim, você verá esculturas de corpos muito bem esculpidos (em ambos os sentidos! Hahaha) com somente o crânio como cabeça, outras que estão envoltas de espinhos ou até mesmo sendo atacadas por um esqueleto. Se a intenção do artista plástico francês era mostrar o seu olhar sobre esses temas acho que ele conseguiu com louvor, apesar de não ser muito do meu gosto, por achar bem forte e tenebroso. A exposição é gratuita, e fica até o dia 27/10.

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Para finalizar o post, quero fazer um comentário sobre o CCBB em si. O prédio é lindo, super bem conservado, pois foi todo reformado para receber o centro. Originalmente, ele foi projetado pelo arquiteto fundador da Escola de Arquitetura da UFMG, Luiz Signorelli, para abrigar a Secretaria de Segurança e Assistência Pública e foi inaugurado em 1930. O prédio tem 6 andares e conta com um teatro com capacidade para 246 pessoas (preços fixos de 10 reais – inteira – e 5 reais – meia), além te ser todo equipado com elevadores e rampas para deficientes motores e apresenta o restaurante Café com Letras no pátio. Entretanto, o diferencial do CCBB para mim são as visitas guiadas de várias maneiras diferentes e criativas. Há a Visita Teatralizada (Seg, qua, qui, sáb, dom e feriado – 18h), em que um personagem do passado conta a história do prédio para os visitantes (já fui e super indico!), a Estação Boêmia (Sex – 18h), narrativa que conta com humor e música a vida cotidiana de BH na década de 1950, a Em Cantos e Contos (Sáb, dom e feriado – 14h e 17h), apresenta um novo olhar para as exposições através de contos populares, a Musicando (Sáb, dom e feriado – 15h), busca a interação do público através da linguagem corporal, entre outros. Então, se der para ir visitar as exposições nesses horários, você vai ter outra perspectiva das obras e vai se divertir!

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E aí? Se interessaram? Amo quando vocês comentam, então, por favor, fiquem a vontade!

PS: As fotos são da internet ou tiradas pelo meu fotógrafo favorito, Victor Augusto!

Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte

Praça da Liberdade, 450 – Funcionários
CEP: 30140-010 | Belo Horizonte – MG
(31) 3431-9400
ccbbbh@bb.com.br
Funcionamento: de quarta a segunda das 9h às 21 horas

CRModa: precisa de muito mais para ser referência

Na última quarta-feira, visitei o Centro de Referência da Moda. Quem me conhece sabe que eu amo moda, adoro ler sobre as tendências e aprender o que posso ou não usar. Convidei para ir comigo a minha amiga (irmã) Ana que está no último período de design de moda na Fumec, pois sabia que ela iria gostar do tema e talvez se inspirasse em algo para seu TCC! Melhor companhia impossível!

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Eu tinha lido que o CRModa tinha um acervo amplo e diversificado de várias peças que vieram da Coleção Vestuário do Museu Histórico Abílio Barreto. Entretanto, para minha surpresa, chegando lá, não tinha nada disso. A exposição atual chama-se Literatura e Moda por Ronaldo Fraga. Para aqueles que frequentam exposições, como eu e a Ana, essa exposição não é novidade. Eu conhecia, pois ela já tinha sido montada na Casa Fiat de Cultura anteriormente. Para quem não conhece, a exposição se trata de uma coleção antiga do estilista mineiro Ronaldo Fraga, que se baseou nos grandes poetas para fazer as roupas. Os looks estão dispostos em um tapete de serragem lindo, mas isso faz com que não se possa chegar perto para ver os detalhes do trabalho artesanal do estilista. Além dos looks ainda há nas paredes os desenhos de Ronaldo, muito conhecidos por nós, mineiros, por serem a decoração das sacolas do Verdemar e um vídeo que mostra como surgiu a coleção e o trabalho desenvolvido por ele. Sinceramente, é bonito, quem não conhece vale a pena ir, não gasta nem uma hora para ver tudo!

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Eu e a Ana ficamos muito decepcionadas, porque são apenas 3 salas e 15 vestidos. No prédio, ainda há uma biblioteca pública pequena, que foi outra decepção, pois existia apenas UMA estante de livros de moda. Para ser um centro de REFERÊNCIA da moda, deveria ter uma acervo enorme de livros sobre o tema não?

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A única coisa que eu amei foi a arquitetura do prédio. O edifício, datado de 1914, está muito bem conservado e manteve seu estilo neogótico português intacto. Anteriormente, o edifício abrigava a Câmara Municipal de Belo Horizonte e em 1997 ele foi tombado e revitalizado para ser utilizado como espaço cultural, além de ter sido adaptado para receber pessoas com deficiência motora. Outra coisa que eu achei interessante, é o fato de o CRModa oferecer oficinas de mais variados assuntos ligados com a Moda. Para quem se interessar tem os temas, datas e precos no site deles.

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O que era para ser um programa maravilhoso, acabou sendo um programa de índio. Como as exposições são itinerantes, posso ter dado azar ou sofrido um caso de bad timing, entretanto não voltaria tão cedo.

Centro de Referência da Moda

Rua da Bahia, 1149 – Centro
Aberto: segunda de 10h às 19h; terça a sexta das 10h às 21h.
Preço: Grátis

Uma Miami diferente…

Miami é mundialmente conhecida por ser um paraíso de compras, ter belas praias e festas incríveis. Entretanto, a pessoa que vos fala, conheceu uma Miami diferente. Eu queria fazer algo cultural em Miami, algo como museus e locais históricos, e acreditem se quiser, eu achei! Por isso, se preparem para ficar chocados com o que essa cidade tem a oferecer.

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O primeiro lugar que indicaria, sem dúvida é a Wynwood Walls. Wynwood é um bairro de Miami que é conhecido como o reduto dos artistas de rua, dos designers e dos arquitetos mais hypes, por isso lá existem muitas lojas de roupas diferentes e lojas de móveis super criativos, mas o mais impressionantes são os grafittis. Eles estão espalhados pelo bairro, entretanto existe o Wynwood Walls que é considerado um museu a céu a perto, grátis, que reuniu os melhores e mais reconhecidos artistas dessa arte em um só lugar! Fiquei muito feliz em saber que três daquelas paredes eram obras de brasileiros (Nunca, Os Gêmeos), inclusive a parede da frente, que é a primeira que você vê quando chega, mas existem artistas de vários países, como Ucrânia, França, EUA etc…

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Descobri que desde que eu fui, eles lançaram mais um projeto, o Wynwood Doors, que são 16 portas, de 176 pés de altura, com rodas, grafitadas. Do lado das Walls, tem um restaurante que tem uma decoração linda e super de acordo com o local em que se encontra, não almocei la, mas vale a pena entrar para olhar as paredes e esculturas do interior. Depois que visitar as Walls, minha dica é pegar o carro e passear pelo bairro, pois tem muitas paredes grafitadas por artistas não muito famosos, mas não menos incríveis. Mesmo que você não compreenda essa arte, você deveria ir, pois é um lugar único no mundo, você não vai encontrar uma coisa assim em nenhum outro lugar.

Um outro lugar incrível em Miami, mas muito pouco conhecido, é o Memorial do Holocausto em Miami Beach. A maioria dos visitantes são judeus, mas isso não significa que os demais não poderão se emocionar por aqui. O local é um lago com uma escultura no meio, que para se chegar lá, é necessário passar por um caminho cheio de fotos da guerra, além de ter uma música hebraica tocando no fundo. A escultura principal é uma mão, que pode ser vista de qualquer ponto do memorial, e ela significa a tentativa de libertação dos judeus durante a guerra, e ao longo do braço de bronze, existem 130 figuras humanas de alto relevo, expressando a angústia e desespero. Nas paredes que circundam o braço estão gravados nomes das vitimas do holocausto que tem famílias em Miami. A visitação não é paga, o local é lindo, cheio de história e muito emocionante.

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Outra sugestão seria o Vizcaya Museum and Gardens. O lugar por si só já vale a visita, porque ele é LINDO! A mansão tem um estilo italiano e nos remete há um tempo em que Miami era calma, cheia de árvores e sem muito trânsito. A casa é cercada por lindos jardins, fontes e santuários. Lá é tão lindo, que vi dois casais tirando as fotos do casamento no local. A casa pertencia a um industrial chamado James Deering, que gastou o dinheiro que tinha e o que não tinha para construí-la e hoje pertence a cidade de Miami. No interior, a decoração da casa, datada de 1914, permanece intacta, por isso, podemos ver como eram os móveis, utensílios e assim, o estilo de vida das pessoas que viviam em Miami nesse período. O preço do ingresso é 18 dólares para adultos e estudantes com documento pagam 10 dólares. A casa fica aberta todos os dias menos quinta-feira, das 9:30 às 16:30.

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Além dessas três sugestões, posso sugerir o Museu da Cidade de Miami(em Downtown), o Bass Art Museum (em Miami Beach) e a Venitian Pool (piscina pública que era uma pedreira de 1923, localizada em Coral Gables).

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Não gente, eu não sou esquisita. Claro, que eu também fiz compras (F21, eu te amo!), fui a praia (aquela água quente é uma benção!) e passeei por Miami Beach olhando os carrões passando… Mas eu quis ir além do tradicional, do clichê e sinceramente me surpreendi positivamente. Alguém já foi nesses lugares? Tem outros para me indicar? Quem se surpreendeu com esse lado de Miami? Quero ouvir o que vocês tem a dizer, por isso resolvi fazer uma enquete sobre esse post, PARTICIPEM!

Barroco: o estilo que nós, mineiros, conhecemos muito bem

Quando estamos na escola sempre acontece aquela excursão para Ouro Preto e Mariana para visitarmos os museus e as igrejas de lá. Por isso, nós, mineiros, conhecemos muito bem, um estilo de arte, o Barroco. O artesão mais famoso de todos os tempos, chama-se Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. Para quem não sabe, Barroco, é um estilo artístico, do século XVII, que retrata seus temas com dinamismo, contrastes fortes, dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual.

Depois da pequena explicação (obrigada Wikipédia!), você está se perguntando aonde eu quero chegar com isso, certo? Em BH está acontecendo uma exposição sobre o Barroco e por ser fã desse tipo de arte e do Aleijadinho eu sabia que tinha que ir. A exposição se chama: Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro e fica na recém inaugurada Casa Fiat de Cultura, localizada no antigo Palácio do Despachos, que faz parte do Circuito Cultural da Praça da Liberdade (falarei muito disso!). A CFC ficava no bairro Belvedere, junto a escola Fundação Torino e ela sempre trouxe grandes exposições para BH, então sabia que não tinha como ser ruim. Dentro do espaço, no Térreo, tem um café da Frau Bondan, marca de chocolates e guloseimas que tem lojas em Lourdes e no shopping Pátio Savassi, além de uma livraria.

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A exposição em si, fica no terceiro andar e não demanda muito tempo, pois são apenas 40 obras. Você deixa sua bolsa no guarda volumes e não se pode tirar fotos no local, então as fotos que vocês estão vendo aqui são da internet ok? A exposição retrata dois barrocos, um brasileiro e um italiano, divididos em dois ambientes, sendo que eu comecei pelo lado brasileiro. Primeira observação, a maioria das obras realmente eram do Aleijadinho, mas tinham outros artistas menos conhecidos, mas não menos encantadores como Mestre Valentim e Mestre Piranga, além de artistas mais atuais (e vivos!) como Maurino de Araújo . Todas as peças são ricas em detalhes, as expressões das esculturas todas impressionantes e a maioria tinha algum detalhe em ouro. Tudo lindo, mas nada que eu não tivesse visto nas cidades históricas.

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Passando para o lado italiano, eu fiquei impressionada. O barroco italiano é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Todas as esculturas, bustos etc, são feitas de prata e algumas tem detalhes em pedras precisosas. Os detalhes dos rostos, das vestes, os desenhos feitos sob a prata, deixa tudo mais rico e lindo. Muita gente não sabe, mas o Barroco nasceu na Itália, no século XVII, e, só depois, se difundiu para o restante do mundo, inclusive o Brasil. Entretanto, para ser bem sincera com vocês, eu não conhecia esculturas famosas deste estilo, muito menos em prata. Um fato interessante é que todas as peças foram feitas por ourives famosos na época, então elas são realmente muito bem feitas e bem elaboradas.

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No fim das contas, são duas versões de um só movimento artístico. O paralelo, da arte sacra brasileira com a italiana, mostra que os materiais são diferentes, os lugares diferentes, as épocas diferentes, mas a idéia é a mesma, o conceito é o mesmo. Isso, meus queridos, a escola não ensina.

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A exposição terminará dia 07 de Setembro, então aproveitem a oportunidade para verem várias peças que ficam espalhadas pelo mundo, (Ouro Preto, Rio, Napoli, etc) juntas! Fica aqui o convite para um programa diferente para o fim de semana. Quem sabe antes de ir almoçar ou sair para um cinema? Alguém já foi? Gostou, odiou…não importa, quero saber tudo!

HORÁRIO

3ª a 6ª das 10h às 21h | sábados, domingos e feriados das 14h às 21h

PREÇO

O melhor de tudo é que é GRÁTIS!

LOCAL

Praça da Liberdade, 10 – Funcionários

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Sintra, a pequena e charmosa vila portuguesa

Depois de muito pensar sobre qual local seria o tema do primeiro post de viagem no seu sentido próprio (percorrer, visitar, sair de onde você mora) resolvi escrever sobre Portugal. Mais precisamente Sintra! Você deve estar pensando: nossa, não é nem a capital, nem a segunda maior cidade (oi, porto, oi mô!), o que esse lugar tem de interessante?

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Realmente, Sintra não é nem uma cidade, ela é uma vila super charmosa que fica na Grande Lisboa. Ela é tão pequena, que você conhece em um dia. Normalmente, os roteiros tradicionais saem de Lisboa para Sintra e foi isso que fiz. Peguei o trem na estação Rossio em Lisboa, mas qualquer uma que tenha ligação com o Metro, terá a linha para Sintra. O ticket poderá ser comprado na máquina ou diretamente com a pessoa no balcão. Os trens saem de 30 em 30 minutos, a passagem custa 2,15 euros e a viagem dura um pouco mais de meia hora. Não tem erro, é super fácil.

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Chegando em Sintra, o melhor jeito de circular para conhecer tudo é pelo ônibus que fica já na saída da estação. Você pode usá-lo quantas vezes você quiser. O ônibus te leva a todos os pontos importantes do local e é super confortável.

Primeira parada obrigatória: Palácio da Pena. O palácio é diferente de tudo que eu já vi, ele é colorido, tem uma vista linda e o estilo dele não tem nada parecido com os castelos franceses ou alemãs tradicionais, de conto de fada. Normalmente os palácios europeus tradicionais viram museus com quadros importantes (ex. Versailles) e não mantém as mobílias da época em que ainda viviam reis e rainhas ali. Nesse caso, foi diferente, está tudo intacto! Então você pode ver a cama onde eles dormiram, a louça que eles usavam e onde os pomposos bailes aconteciam. Moraram ali a filha de Dom Pedro I, Rainha Maria II com seu marido Fernando, quem comandou as obras e requereu um castelo extravagante. Os meus pontos altos são: o quarto da Rainha (vista espetacular!), o salão de baile e a sala árabe. A visita para ver todo o Palácio dura no mínimo uma hora e custa 7 euros. O horário de funcionamento é de 16 Set -30 Junho 10.00 – 17.30 / 01Julho – 15 Set 10.00 – 19.00 e a última entrada ocorre 1 hora antes do horário de fechamento.

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Logo abaixo do Palácio, tem outro Castelo, chamado Castelo dos Mouros, datado do século VIII, que se encontra em ruínas. Se pode andar nas muralhas e admirar a bela vista, mas não demanda muito tempo. O ingresso custa 3,50 euros e o horário de funcionamento 9h30 – 18h00
e a última entrada às 17h00.

Pegando o ônibus novamente, ele te levará até o centro da vila onde tem outro palácio. O Palácio Nacional de Sintra não tem uma arquitetura tão exótica que nem seu irmão do alto da serra, nem mesmo jardins como Versailles, mas isso não significa que ele não tenha seu charme. As duas chaminés são vistas de qualquer parte da vila e ele foi residência oficial da coroa portuguesa ate 1880. Na parte interna, ele é recheado de salas com mosaicos, desenhos e pinturas de várias formas, cores, tamanhos e temas, – inclusive aves como cisnes e pegas (em homenagem as fofoqueiras!) – mas dois lugares são especiais, a Sala dos Brasões, com seus azulejos nas paredes e teto majestoso e a Capela, que tem até hoje o teto original datado do século XIV. A visita dura no mínimo 1 hora, o ingresso custa 4 euros e o palácio está aberto das 10h00 às 17h30 e a última entrada às 17h00, todos os dias menos quarta-feira.

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Passeando pelo centro você encontrará várias fontes lindinhas, a câmara municipal e a agência de correios decorada com azuleijos. Entretanto, há um lugar perto do Palácio Nacional, chamado Casa da Sapa. Não, você não leu errado, caro leitor. Casa da Sapa é um café super aconchegante que tem como especialidade os doces típicos de Sintra, as famosas queijadas e os travesseiros, acredite você vai querer mais de um. O primeiro é feito de queijo com canela e o segundo é folhado de amêndoas, tudo de comer ajoelhado como se diz aqui em Minas.

Um fato interessante é que a vila inteira é considerada patrimônio da Unesco, por isso, está tudo muito bem conservado e limpo. Acabando o dia, pegue o trem de volta para Lisboa e coma aquela bacalhoada (para quem não come, assim como eu, os restaurantes de Portugal oferecem muitos pratos deliciosos!) e tome aquele vinho delicioso.

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Deu vontade de ir? Espero que tenham se interessado! Alguém já foi também? Compartilha comigo sua experiência, vou amar!

Camille e Rodin

Belo Horizonte não é uma São Paulo em termos de ter muitas variedade peças de teatro, mas recebemos muitas durante o ano. Por isso, quando meu pai leu sobre Camille e Rodin e nos convidou para ir, como não ir? A peça só iria ficar um final de semana aqui e fomos nesse último domingo. Para aqueles que pensam que teatro é caro, a inteira era 40 reais, então acredito que de vez em quando, para uma peça que é de seu interesse vale a pena.

A peça foi no Teatro Bradesco, que fica no Minas Tênis I. O teatro é novinho, ótimo, super confortável, o som é excelente, tem acessibilidade para os cadeirantes. Só tenho uma crítica, não tem um corredor no meio, por isso as fileiras são imensas, fazendo com que as pessoas tenham um certo problema para se locomover. Tirando isso, o Minas e o Bradesco estão de parabéns!

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Quem não está de parabéns são as pessoas que vão a esses eventos e não desligam ou, no mínimo, colocam o celular no silencioso. Os atores pararam a peça três vezes devido a celulares tocando! Não custa nada gente! Claro, que acontece de você esquecer uma vez ou outra, mas podemos tomar um cuidado no teatro ou cinema para não atrapalhar ninguém né?

Agora, vamos ao que interessa! A PEÇA!A peça foi incrível, ela está em cartaz pelo Brasil há 2 anos e conta com Leopoldo Pacheco (Valter, em Jóia Rara!) e Melissa Vettore como atores. O cenário é simples, sem muitos efeitos especiais, mas era coeso e dava a possibilidade de fazer vários momentos vividos pelas personagens. Rodin e Camille é um drama baseado na vida real de dois grandes escultores franceses, Auguste Rodin e Camille Claudel. Conhecia Leopoldo pelo seus trabalhos na Globo, então sabia que ele era bom, mas quem realmente se sobressaiu e me surpreendeu positivamente foi a Melissa. A atriz, que não é muito conhecida, brilhou, se entregou completamente a personagem que demandava falas dificílimas e uma intensa expressão corporal.

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A peça se passa em Paris e são flashbacks lembrados por Camille enquanto ela está internada no manicômio. A história é intensa, mas é real. Camille era uma escultora que tinha problemas em ser aceita pela sociedade machista de sua época, que acreditava que mulher não podia ser escultora ou, se fosse, só poderia fazer certos tipos de esculturas, como bustos, mas nada como mulheres ou homens nus. Além disso, ela se apaixona pelo seu mestre, Rodin, e aceita viver como sua amante por 15 anos, vivendo intensamente com ele. Entretanto, ela ficou frustrada de ser a outra e percebeu que ele não largaria a primeira namorada e mãe de seu filho, Rose, e, por isso, decidiu largar Rodin. Na mesma época, ninguém comprovava sua obras e, pior, as pessoas fizeram boatos que quem fazia as suas obras era Rodin. Camille ficou em um forte estado depressivo, nutrindo um sentimento de amor e ódio por Rodin, passando a ter alucinações. Seu irmão, diplomata, a internou em um manicômio e foi lá que ela passou seus últimos 30 anos de vida, enquanto Rodin se tornou super conhecido e se casou com Rose depois de 55 anos de relacionamento.

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Os trabalhos dos dois escultores são impressionantes e realmente há muitas semelhanças entre eles, por isso separei os meus favoritos para vocês verem. Eu adoro as expressões francas das peças de Camille e as formas perfeitas de Rodin. A maioria das peças de Camille foram destruídas por ela, mas algumas permaneceram intactas. As obras dos dois estão, em maioria, em Paris no Museé Rodin. Alguém já foi? As minhas escolhidas foram “O Beijo” e o “O Pensador” de Rodin que são clássicos, que mostram a destreza que ele tinha com o mármore, fazendo formas perfeitas do corpo humano. Já o meu favorito de Camille é “A idade madura” , que é um retrato de Rodin escolhendo Rose e deixando ela para trás, a realidade da peça faz com que ela fique ainda mais viva e rica em detalhes como as expressões dos representados.

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Infelizmente, a peça só ficou aqui por um fim de semana. Se voltar aviso vocês. A programação do Teatro inclui Disney Live e Rafinha Bastos, então tem para todas idades e gostos, o site dele tem todas as informações e preços dos próximos eventos.
http://www.teatrobradesco.com.br

Quero saber se alguém foi nesse fim de semana e o que vocês acharam, além disso me contem se tem alguma peça que vocês amaram e que seja um must see! Já sabiam da história de amor e arte de Rodin e Camille, gostam das obras deles? Me contem tudo!!!

Começo de tudo… E o MAO!

Começar algo novo é no mínimo interessante, você sente mil coisas ao mesmo tempo, ansiedade (será que vocês vão gostar?), felicidade (queria fazer isso a muito tempo!), frio na barriga e coragem. Coragem, sim, para enfrentar os seus medos e se jogar de cabeça no que você quer. Não fiz esse blog antes, porque não sentia segura o suficiente para expor minhas idéias, tinha medo do que os outros poderiam pensar, mas depois de muita conversa com as pessoas importantes da minha vida, vi que isso é uma bobagem. Você terá críticas sempre, mas isso não significa que você também não terá feedbacks bons ou palavras de apoio e carinho. Por isso, resolvi tentar e ver no que dá, se não, nunca iria saber né?

Depois do meu parágrafo introdutório, vamos ao que interessa! O que escrever no primeiro post? Tinha que ser algo que eu amasse, algo especial. Resolvi escrever sobre um lugar lindo de BH, que poucas pessoas do meu ciclo conhecem e que tem um significado muito especial para mim: O Museu de Arte e Ofícios. Conheci o MAO no meu aniversário de 2013 e me surpreendi. O museu é localizado no prédio da antiga estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, na Praça da Estação. A praça passou por uma intensa reforma em 2007, devido as obras da Linha Verde, o que deixou o ambiente mais limpo, mais bonito e mais conservado.

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O prédio por si só já é lindo (no dia em que fui, estava recebendo flores para um casamento a noite), ele tem um estilo eclético, com o famoso relógio em sua torre.

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O MAO conta de forma interativa, tecnológica e muito organizada os ofícios desenvolvidos pelo homem no período pré-industrial brasileiro. São 15 ofícios representados, com ferramentas, utensílios, máquinas e equipamentos utilizados pelos trabalhadores entre os séculos XVIII ao XX. O diferencial do MAO é ser o único do país dedicado integralmente ao trabalho. O legal é ver onde tudo começou, o que era considerado novo, desenvolvido em 1700 e bolinha. Muitas das profissões que desempenhamos hoje começaram a muito tempo, muitos dos aparelhos que usamos hoje tem seus ancestrais lá representados. Se hoje temos dificuldade de ficar 5 minutos sem usar um smartphone, um computador ou a internet, como seria naquela época onde isso não existia? O que está ali representado era considerado desenvolvido para época, e foi a partir deles que temos muita coisa que temos hoje, como as máquinas geradoras de energia, as máquinas de costura, os meios de transporte… São cerca de 2.000 peças no acervo, que com duas horinhas do seu dia você conhece.

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COMO CHEGAR?

Perto do museu tem muitas placas indicando o caminho, da para ir de carro tranquilo e parar na rua lateral perto do batalhão de polícia. A estação central do metro (se podemos chamar aquilo de metro!) de BH esta localizada na praça, por isso dá para usá-lo também. Há vários ônibus que passam na Av. Andradas, por isso, ônibus também pode ser uma alternativa viável para chegar.

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HORÁRIO

O MAO fecha somente as segundas. Nas 3ª e 6ª das 12h às 19h, 4ª e 5ª das 12h às 21h, sáb. dom. e feriados das 11h às 17h.

PREÇO

O ingresso custa 5 reais (inteira) e 2,50 reais (meia-entrada). Nas quartas e quintas das 17 hrs as 21 hrs a entrada é franca, assim como no sábado. Estudantes e professores devidamente identificados e menores de 5 anos também tem a entrada gratuita.

O site deles tem mais detalhes se alguém se interessar: http://www.mao.org.br/

As fotos são de autoria do Victor Carneiro, meu parceiro nessas aventuras e na vida!

E aí? Alguém já foi? Curtiu? Deu vontade de ir? Gostou do meu primeiro post? Me conta!!!! To curiosa pelos seus comentários.